Você sabia que a toxina botulínica pode trazer mais qualidade de vida para pacientes com doenças neurodegenerativas?

A produção excessiva de saliva ou a falta de coordenação da musculatura facial são quadros comuns em pacientes que apresentam o comprometimento do controle muscular, como em casos de pacientes com paralisia cerebral e doenças neurodegenerativas.

O uso do Botox nas glândulas salivares diminui, temporariamente, a produção de saliva e com isso há a melhora da deglutição, diminuição do mau hálito, lábios rachados e feridas ao redor da boca.

A cirurgiã de cabeça e pescoço, Dra. Kamilla Nunes explica que a aplicação da toxina botulínica é feita dentro das glândulas parótidas e das submandibulares, que são as principais responsáveis pela produção de saliva. Ela ressalta que a aplicação deve ser feita, preferencialmente por um médico especialista guiada por ultrassonografia para maior precisão, evitando assim a aplicação do medicamento fora da glândula, o que pode causar a paralisação de alguns músculos da região da cabeça e pescoço.

A aplicação do Botox em glândulas salivares melhora cerca de 80% da salivação excessiva, mas é temporário. A duração é de até quatro meses, por isso é necessário fazer a reaplicação após esse período. O efeito da aplicação inicia 15 dias após o procedimento.

Como orientação, a médica informa que deve-se evitar fazer massagem no local das aplicações e o esforço físico intenso nas primeiras 24h.