A laringe é uma cavidade na região do pescoço constituída por membranas, músculos e cartilagens. Este órgão conecta a traqueia com a base da língua, da qual é separada por uma válvula, chamada de epiglote.
Os nódulos, cistos, calos e edemas – as lesões benignas da laringe – podem surgir de forma idiopática (sem motivo aparente), por abuso vocal ou exposição à agentes agressores. Entre eles, as toxinas do cigarro e o Papiloma Vírus Humano (HPV), transmitido sexualmente. No caso das leucoplasias – lesões esbranquiçadas típicas do Tabagismo – as lesões benignas podem tornar-se malignas (carcinoma).
“A laringe é dividida em 3 porções: a supraglote, mais próxima à língua, a glote (que abriga as cordas vocais) e a subglote, mais próxima à traqueia. A maior parte das lesões benignas da laringe acontece justamente na glote, próximas ou sobre as cordas vocais. Assim, provocam um sintoma bastante conhecido: a rouquidão.” – Dr. Gustavo Philippi de Los Santos, Cirurgião de Cabeça e Pescoço (CRM 11661 / RQE 7780).
Rouquidão
A rouquidão é, sem dúvidas, o principal sintoma dos tumores benignos da laringe. Por se tratar também de um sintoma bastante comum em quadros de gripes e resfriados, muitos pacientes percebem a existência de calos, cistos e pólipos na laringe somente após o uso sem sucesso de medicações antibióticas, por exemplo.
“É comum que os pacientes tenham tentado tratar a rouquidão com medicamentos antes de procurar um Cirurgião de Cabeça e Pescoço. Chegam a passar semanas com a voz prejudicada. No entanto, o exame para diagnosticar a existência das lesões na laringe pode levar menos de um minuto.” – Dr. Gustavo Philippi de Los Santos, Cirurgião de Cabeça e Pescoço (CRM 11661 / RQE 7780).
Diagnóstico
O diagnóstico das lesões na laringe pode ser feito no consultório e é bastante rápido. Ele é realizado através de um exame chamado de videolaringoscopia (inserção de uma microcâmera de vídeo pela boca) ou videonasoendoscopia (quando a microcâmera é inserida através de um tubo flexível pelo nariz).
Em muitos casos, a partir das imagens feitas no exame, o médico consegue definir se a lesão é benigna (cistos, nódulos, calos, edemas) ou maligna (câncer). Caso não seja possível fazer o diagnóstico através da imagem, e a lesão esteja localizada na supraglote, o médico pode fazer a biópsia do material na mesma consulta. No entanto, para lesões mais profundas e que geram dúvidas, é necessário realizar a biópsia em um centro cirúrgico.
“O exame de diagnóstico das lesões da laringe costuma durar um minuto. Ele é totalmente indolor e não apresenta riscos. Em alguns pacientes mais sensíveis a náuseas, pode-se aplicar um spray anestésico que reduz o desconforto.” – Dr. Gustavo Philippi de Los Santos, Cirurgião de Cabeça e Pescoço (CRM 11661 / RQE 7780).
Tratamento dos Tumores da Laringe
Em casos mais sutis, como em pacientes com calos pequenos na laringe, o tratamento recomendado pode ser o fonoaudiológico. Já para as lesões maiores, a cirurgia é a melhor opção.
A cirurgia para remoção de lesões benignas da laringe costuma ser simples, mas exige experiência. Ela é feita com anestesia geral, com pinças finas e delicadas, e com o auxílio de um aparelho chamado laringoscópio de suspensão, que permite ao cirurgião visualizar a estrutura como um todo.
“No geral, o paciente faz a cirurgia e volta para casa no mesmo dia. No entanto, é recomendado o repouso vocal nos primeiros dias (falar menos e mais baixo) e evitar o tabagismo (algo que todos deveriam fazer). No mais, a alimentação é normal e as pessoas voltam para as suas atividades laborais e de lazer já no dia seguinte.” – Dr. Gustavo Philippi de Los Santos, Cirurgião de Cabeça e Pescoço (CRM 11661 / RQE 7780).
Cuide da sua saúde! Fique atento aos sintomas e procure orientação médica diante de sintomas. Os profissionais do Núcleo Integrado de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (NICAP) podem lhe ajudar. Conte conosco!
Sobre o Autor: Dr. Gustavo Philippi de Los Santos é Cirurgião de Cabeça e Pescoço (CRM 11661 / RQE 7780) do NICAP. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (2004). Realizou especialização em em Cirurgia Geral pelo Hospital Regional de São José – Dr. Homero de Miranda Gomes (2008) e Cirurgia de Cabeça e Pescoço pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – HC-USP em São Paulo (2010). É Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Atualmente, é Cirurgião de Cabeça e Pescoço do Hospital SOS Cárdio e Hospital Universitário da UFSC. Atua desde 2009 na equipe do Núcleo Integrado de Cirurgia de Cabeça e Pescoço – NICAP.