Sim, é possível ter uma pele bonita e saudável ao mesmo tempo. Geralmente, os mesmos cuidados que servem para evitar manchas e rugas também são eficientes para prevenir o câncer de pele. E proteger-se contra o sol é o principal deles. Especialmente na região da cabeça e pescoço, repleta de estruturas nobres.

“Nenhum bronzeamento provocado pelo sol é saudável. A produção de melanina nada mais é do que uma resposta das células do corpo à agressão da radiação solar. No entanto, essa proteção natural não é perfeita e pode levar ao envelhecimento precoce e até mesmo ao câncer de pele no futuro” – Dra. Mariana Mazzochi Sens, Médica Dermatologista (CRM/SC 14258 – RQE 9764).

Para falar deste assunto, o Dr. Acklei Viana (CRM/SC 11656 – RQE 11538) realizou uma entrevista no com a médica dermatologista Dra. Mariana Mazzochi Sens (CRM/SC 14258 – RQE 9764).

Abaixo, você confere os principais assuntos discutidos durante a conversa. Clique aqui para assistir a entrevista completa. 

Fatores importante para uma pele bonita e saudável

Existem diversos tratamentos para prevenção e tratamento do envelhecimento precoce. Entre eles, podemos citar os preenchimentos com ácido hialurônico e o uso de cremes específicos. 

A realização de procedimentos para remoção de manchas e que estimulam a produção de colágeno na pele também são importantes para a manutenção de uma pele bonita. 

No entanto, nenhum procedimento estético consegue evitar 100% o processo natural de envelhecimento, nem prevenir o surgimento do câncer de pele.

Para prevenir o câncer de pele, e manter uma pele bonita, também é importante:

• Evitar exposição exagerada ao sol: evitar os horários entre 9h da manhã e 15h da tarde, utilizar filtros solares com fator acima de 30 (inclusive nos lábios), chapéus, óculos escuros e manter-se na sombra sempre que possível.
• Acompanhamento médico: pessoas que sofreram grande exposição ao sol ao longo da vida devem fazer uma avaliação com médico dermatologista pelo menos 1 vez ao ano. Isso é importante para rastreio e diagnóstico de algum possível câncer de pele ainda nas fases iniciais.

Assim, vale ressaltar que mesmo com toda a evolução do tratamento contra o câncer de pele, a maior parte dos casos exige cirurgia. Dessa forma, para evitar cicatrizes e manter uma pele saudável e bonita, a prevenção é fundamental.

“Alguns estudos recentes mostram uma relação maior entre o melanoma e exposição exagerada ao sol. São as famosas queimaduras (torrões) que muitos sofrem no verão. O câncer de pele não melanoma está mais relacionado a exposições continuadas, como é o caso dos agricultores e pescadores, por exemplo”  – Dra. Mariana Mazzochi Sens, Médica Dermatologista (CRM/SC 14258 – RQE 9764).

Tratamento

Existem basicamente dois tipos de cirurgia para o tratamento do câncer de pele: a Cirurgia Convencional e a Cirurgia Micrográfica de Mohs.

A cirurgia convencional é especialmente indicada para o câncer de pele do tipo melanoma. Nela, a remoção do tumor é feita com um bisturi e exige a ressecção de uma borda adicional de pele sadia, como margem de segurança. Isso garante uma segurança adicional, mas pode deixar grandes cicatrizes.

Já a Cirurgia Micrográfica de Mohs é a técnica mais precisa, segura e com melhores benefícios para o câncer de pele não-melanoma. Ela oferece benefícios estéticos importantes para a manutenção de uma pele bonita mesmo após a doença.

A Cirurgia Micrográfica de Mohs consiste na retirada do câncer de pele de forma minuciosa. Nela, o médico congela a lesão com um criostato e realiza os cortes das margens do tumor camada por camada.

Assim, ainda durante o procedimento, essas “fatias de pele” são analisadas de forma microscópica. O paciente só é liberado quando o médico obtém margem livre, com a remoção completa do tumor (o nível de precisão e acerto pode chegar a 99% em lesões primárias). 

Outra diferença: Na cirurgia convencional, o patologista avalia a lesão removida por meio de amostragem. Esse método avalia 1% das margens periféricas. Já na Cirurgia Micrográfica de Mohs, 100% da margem é visualizada no microscópio e qualquer resquício tumoral é identificado e removido.

Benefícios da Cirurgia de Mohs

Dessa forma, podemos resumir os benefícios da Cirurgia Micrográfica de Mohs:

• Minimiza a quantidade de tecido saudável perdido, consequentemente a cicatriz pode ser menor.
• Maior taxa de cura entre todas as modalidades de tratamento.
• Menores chances de o tumor voltar a crescer.
• Maximiza o resultado funcional e estético resultante da cirurgia.
• Repara o local do tumor no mesmo dia da cirurgia.

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