Em cirurgias de esvaziamento cervical a estrutura nervosa frequentemente manipulada e lesada é o Nervo Acessório, tendo como sequela a paralisia do músculo trapézio. À essa alteração damos o nome de Síndrome do Ombro Caído, que caracteriza-se por um quadro clínico constituído por dor e limitação dos movimentos do ombro. Tal quadro resulta em atrofia do músculo trapézio, mudando a posição da escapula e reduzindo a funcionalidade do ombro, principalmente nos movimentos de elevação do braço para frente e para o lado.
A dor é atribuída à tração excessiva suportada pelos outros músculos não lesionados, tais como romboides e elevador da escápula.
A fisioterapia busca reinserir tais indivíduos ao convívio social através do restabelecimento da funcionalidade perdida, melhorando sua qualidade de vida, reduzindo a dor, minimizando o desconforto, bem como aumentando a funcionalidade do ombro e do membro superior acometido. É indicada no pós-operatório, com o objetivo de manter a amplitude de movimento, promover treinamento e aumento de força aos músculos que compensarão o déficit causado pela lesão do nervo acessório ao músculo trapézio.
Para evitar a reação de aderência e fibrose, deve-se iniciar precocemente movimentos passivos (realizados pelo fisioterapeuta) do que ativos (realizados pelo próprio paciente). O motivo da movimentação passiva é assegurar a mobilização frequente das camadas sinoviais adjacentes, evitando seu contato prolongado e, portanto, a aderência das superfícies inflamadas.
O trabalho de fortalecimento é de primordial importância para o tratamento das disfunções do ombro causadas pelo dano ao nervo acessório. Um programa de exercícios de resistência focado nos músculos romboides e elevador da escápula podem melhorar a postura, a amplitude de movimento do ombro e diminuir a dor.
Por LUANA DIAS DE OLIVEIRA – FisioOnco Funcional – @luana_fisioonco
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