A Tireoidite de Hashimoto, popularmente conhecida como Doença de Hashimoto, é uma condição autoimune. Ela provoca inflamação e destruição de células da tireoide e trata-se da causa mais comum de hipotireoidismo.
Em geral, a inflamação da glândula tireoide, provocada pela Doença de Hashimoto, leva à formação de fibroses. Elas dificultam a produção de hormônios ao longo do tempo, o que prejudica a sua função.
No entanto, vale ressaltar que nem todas as pessoas diagnosticadas com a Doença de Hashimoto possuem redução hormonal. Infelizmente, o rastreio e a realização excessiva de exames tem levado pessoas sem sintomas ao diagnóstico algumas vezes equivocado.
Abaixo, você vai entender como realizar o diagnóstico. As informações fazem parte de uma entrevista realizada pelo Dr. Acklei Viana (CRM/SC 11656 – RQE 11538), Cirurgião de Cabeça e Pescoço do NICAP, com a Dra. Júlia Oberger (CRM/SC 21044 RQE17298).
Sintomas e diagnóstico
Vimos que os pacientes com Doença de Hashimoto podem ou não apresentar alteração hormonal. Por isso, o diagnóstico deste problema costuma seguir alguns passos.
Desse modo, busca-se, no diagnóstico, encontrar doenças que tenham repercussões clínicas. Dessa forma, a investigação começa com a anamnese e a avaliação dos sintomas típicos do Hipotireoidismo.
É a partir da suspeita do Hipotireoidismo que se inicia o rastreio de suas possíveis causas. Nesse sentido, devem ser solicitadas coleta de sangue para investigação dos hormônios anti-tireoglobulina e anti-TPO.
Caso o médico encontre suspeitas no exame clínico de palpação, pode também ser necessário solicitar exames de ultrassom da tireoide – mas isso apenas em casos selecionados.
Vale ressaltar que as cicatrizes formadas pela Doença de Hashimoto na glândula tireoide podem, em alguns casos, apresentar aspecto arredondado. Assim, se o profissional que realiza o exame de imagem não tiver experiência, ele pode facilmente confundir essas marcas com nódulos na tireoide.
Tratamento da Doença de Hashimoto
Caso sejam diagnosticadas alterações na anamnese, nos exames clínicos, de sangue ou de imagem, o paciente deverá ser encaminhado para um Médico Endocrinologista. Este especialista irá avaliar o paciente e indicar o tratamento mais adequado para cada pessoa.
No geral, o tratamento da doença de hashimoto envolve o uso de medicamentos para a reposição hormonal, como a Levotiroxina. Além disso, a indicação para a cirurgia para a retirada parcial ou total da glândula tireoide só ocorre casos de pacientes com dificuldade de respirar ou comer por conta do bócio.
Nos casos em que a Doença de Hashimoto é diagnosticada sem sintomas clínicos, o especialista deve fazer o acompanhamento da função tireoidiana. No entanto, a realização constante de exames de ultrassom e coleta de sangue não costuma ser indicada.
Entrevista com Médica Endocrinologista
O Dr. Acklei Viana (CRM/SC 11656 – RQE 11538), Cirurgião de Cabeça e Pescoço do NICAP, realizou uma entrevista completa sobre Doença de Hashimoto pelo Instagram. A convidada foi a Médica Endocrinologista Dra Júlia Oberger (CRM/SC 21044 RQE17298). Entre os assuntos discutidos na entrevista, estão:
- Diagnóstico da Doença de Hashimoto;
- Tireotoxicose em pacientes graves;
- Gestação;
- Alimentação;
- Riscos do uso de Lugol;
- Hereditariedade;
- Câncer.
Em caso de dúvidas sobre Doença de Hashimoto, entre em contato conosco. Os médicos do Núcleo Integrado de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (NICAP) realizam cursos complementares para médicos e tratamentos de última geração. Nós podemos lhe ajudar!